O horário de funcionamento da bolsa de valores brasileira vai mudar a partir da semana que vem — saiba mais abaixo —, mas esse não é o único motivo pelo qual os investidores deverão ajustar os ponteiros nos próximos dias.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou em coletiva nesta sexta-feira (10) que a proposta para um novo arcabouço fiscal já está pronta e deve ser apresentada a Lula (PT) assim que o presidente abrir a agenda para reuniões e encontros.
A mudança na âncora fiscal do país causou expectativa nos investidores ao longo desta semana, especialmente sobre a ausência de detalhes a respeito do substituto do teto de gastos.
Haddad não antecipou detalhes e fez questão de deixar claro que caberá ao presidente dar a palavra final sobre a proposta. Mas, de acordo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o texto agradará tanto a classe política quanto o mercado financeiro.
No cenário corporativo, os balanços devem seguir provocando ajustes nos ponteiros e nas posições dos investidores. Ao menos foi o que ocorreu nos últimos dias, quando os resultados trimestrais definiram as maiores altas e quedas da semana.
A Azul (AZUL4) dominou a ponta positiva da tabela com um salto de mais de 74% após divulgar números melhores do que o esperado. Além disso, a companhia aérea também agradou ao apresentar um acordo de pagamento de dívidas com seus credores.
Já a CSN (CSNA3) apresentou uma queda brusca no lucro líquido, pressão nas margens e foi penalizada pelos acionistas e analistas, recuando 12,7% e conquistando o título de maior tombo do Ibovespa.
Por falar nele, o principal índice acionário da B3 fechou a semana com um leve recuo de 0,24%, aos 103.618 pontos. O resultado próximo à estabilidade ocorreu a despeito de uma forte queda de 1,38% hoje puxada pelos números da inflação de fevereiro.
O dólar à vista, por outro lado, foi na trajetória oposta: encerrou o dia em alta de 1,30%, a R$ 5,2082, enquanto avançou apenas 0,15% na semana.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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