O mercado de criptomoedas é conhecido por sua alta volatilidade e retornos astronômicos. Altas na casa dos 1.000% foram comuns durante o bull market de 2021 e uma das moedas que aproveitou aqueles dias de glória foi a Terra (LUNA).
O tempo passou, a Terra (LUNA) passou a se chamar Terra Classic (LUNC) e outro token (criptomoeda) recebeu seu nome. Até mesmo a stablecoin TerraUSD (UST) passou por uma repaginada e agora se chama TerraClassicUSD (USTC).
Nos últimos sete dias, a “família Terra” registrou substanciais altas e gerou um grande fluxo de pesquisa sobre essa que foi uma das maiores criptomoedas do mundo. À exceção da LUNC, as duas outras moedas digitais registraram alta na casa dos dois dígitos:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
73 | Terra (LUNA) | US$ 4,28 | -25,21% | 123,57% |
86 | TerraClassicUSD (USTC) | US$ 0,04516 | -16,68% | 32,09% |
32 | Terra Classic (LUNC) | US$ 0,0003384 | -17,08% | -0,55% |
Isso acontece porque o rali da LUNC aconteceu na semana passada, com o token disparando mais de 60%. Nesta segunda-feira (12), o noticiário perdeu força.
O que houve com a família Terra?
Depois do “desaparecimento” da Terra (LUNA) e o surgimento da Terra 2.0, essas criptomoedas praticamente caíram no esquecimento. Analistas deixaram as recomendações e análises sobre a blockchain de lado e passaram a dar atenção para outros projetos.
E na sombra desse mercado, as notícias começaram a aparecer.
Os desenvolvedores da blockchain Terra firmaram uma parceria com os programadores da Entropic Labs, o que impulsionou as cotações na época. Além disso, a Binance — maior corretora de criptomoedas (exchange) do mundo — também ajudou na disparada de preços.
Derivativos na Binance
Recentemente, a Binance passou a permitir a negociação de LUNC para margin trading (ou negociação em margem, na tradução do inglês). Somado a isso, a corretora ainda permitiu a conversão de LUNC e USTC em criptomoedas como bitcoin (BTC) e tether (USDT).
Dessa forma, a procura pelo token gerou um rali nas cotações. Enquanto isso, outras criptomoedas — o bitcoin inclusive — registram altas modestas.
Vale a pena investir em Terra?
Diz o ditado que “quem compra terra, não erra”, mas essa máxima não serve aqui —só no mundo real, mas isto é outra história.
O protocolo Terra e todos os membros dessa família são considerados projetos extremamente centralizados e pouco transparentes. E vale ressaltar que a Terra Classic — antiga Terra (LUNA) — foi um dos motivos para o mercado desabar nos últimos meses.
Como dito anteriormente, os analistas deixaram de acompanhar o projeto e preferem “ver para crer” se essa criptomoeda irá atender aos 3 pontos essenciais para qualquer projeto entrar na lista de recomendações:
- Resolver um problema real do mundo digital;
- Ter uma economia de token (chamada de tokenomics) sustentável;
- Ter uma boa gestão de recursos e transparência no desenvolvimento do projeto.
Até lá, os investidores devem evitar colocar dinheiro em qualquer protocolo da família Terra.